quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O QUE LEVAR PARA UM TREKKING...


O que levar para trekking e montanhismo, acampamento de dois dias e um pernoite: clima subtropical altitude até 3.000 metros:
Equipamentos de infra estrutura:
Normal
Conan
Bambi
Mochila cargueira (60 litros)
Mochila de assalto (40 litros)
Mochila cargueira (90 litros)
Isolante 6 mm
capim
Colchão insuflável duplo
Saco de dormir (5 graus)
Cobertor velho
Saco de dormir térmico (0 grau)
Barraca (1 pessoa ou 2 pessoas, até 2 kg)
Lona de caminhão
Barraca (3 pessoas)
Vestimentos:
Normal
Conan
Bambi
Jaqueta impermeável
Jaqueta de couro
Jaqueta de esqui
Tênis ou bota para trilha ou trekking (impermeável opcional) até R$ 250,00
Coturno ou bota de construção
Tênis ou bota para trilha ou trekking impermeável (dry alguma coisa) acima de R$ 250,00
Utensílios:
Normal
Conan
Bambi
Faca de pesca
peixeira
Canivete 36 itens
Cantil ou garrafa pet
cabaça
Garrafa isotérmica
Fósforo, isqueiro, pederneira
duas varas de madeira
Não faz fogo
Fogo:
Normal
Conan
Bambi
Alcool (500 ml) e uma lata (de ervilha ou milho)
Fogueira (lenha)
Fogareiro à gaz



Alimentos:
Normal
Conan
Bambi
Tora de linguiça
Carne seca
Não come carne.
Café solúvel (instantâneo)
Pó de café (café cabeludo)
Café caputino instantâneo (descafeinado)
Pão com mortadela
Pão seco (ou com ovo)
sanduíche
Massa desidratada instantânea
Farinha de mandioca
capinudus
Frutas que não amassam: maçã; laranja
Frutas do mato
Frutas desidratadas
Lista em construção...


O QUE É TREKKING?


A palavra trek tem sua origem na língua africâner. Ela passou a ser amplamente empregada no início do século XIX, pelos vortrekkers, os primeiros trabalhadores holandeses que colonizaram a África do Sul . O verbo trekken significa migrar e carregava uma conotação de sofrimento e resistência física, numa época em que a única forma de se locomover de um ponto para outro era caminhando.

Quando os britânicos invadiram a região e estabeleceram seu domínio político na África, a palavra foi absorvida pela língua inglesa e passou a designar as longas e difíceis caminhadas realizadas pelos exploradores em direção ao interior do continente, em busca de novos conhecimentos, como a nascente do rio Nilo e as neves do monte Kilimanjaro.

Em seguida, chegaram os aventureiros em busca de fortes emoções, normalmente encontradas em regiões distantes e de difícil acesso, só atingidas após longas caminhadas em terrenos acidentados. Eram os novos trekkers.

Atualmente, utiliza-se a palavra também em português, significando caminhadas em trilhas naturais em busca de lugares interessantes para se conhecer, possibilitando um maior contato com a natureza. O trekking passou a ser a atividade esportiva que mais cresce no mundo.

O prazer da caminhada é o de desfrutar paisagens inéditas, que não estão ao alcance de qualquer um; uma sensação de privilégio de ir a lugares aonde poucos chegam, o de ver coisas que poucos viram; o de superioridade, força, autoconfiança e autoconhecimento.(Beck, 1994).


fonte: www.procuesta.com.br
 


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Boa Vista


O Morro da Boa Vista é o ponto mais elevado de Santa Catarina, o terceiro mais alto do Sul do Brasil, localizado na Serra Geral, com altitude de 1.827 metros. Este cume está situada no Campo dos Padres, região entre o interior dos municípios de Alfredo Wagner, Santa Rosa de Lima, Bom Retiro e Urubici e Grão Pará.
Para chegar ao Boa Vista é preciso 2 ou 3 dias de caminhada, partindo por trilhas que sobem escarpas de 500 a 800 metros, formadas na base por rochas sedimentares (arenito) e vulcânicas nos topos (basalto). Vias mais difíceis partem da região da Serra do Corvo Branco, pelas escarpas da Serra Geral ou pela região de Anitápolis e de Santa Rosa de Lima. O Campo dos Padres é a região com as maiores altitudes de Santa Catarina e é a região mais frias do Brasil. Em função da altitude a temperatura no Boa Vista pode ser em média 10 graus a menos do que a temperatura na região próxima do litoral. Assim, mesmo durante o verão a temperatura frequentemente pode ficar abaixo dos 10 graus. Além do frio na região são frequentes os ventos fortes de Sul, intensos nevoeiros, chuvas orográficas, chuvas geladas em todas as épocas, além de ser a região que mais neva em Santa Catarina. Há relatos de temperaturas de até 15 graus negativos. Durante todo ano a combinação de baixa temperatura e ventos fortes causa sensação térmica próxima de zero.
Não há presença humana constante ou de ocupação na região do Campo dos Padres, exceto por algumas áreas ao longo das trilhas cercas para separação de gado, que é criado solto em algumas áreas. O Campo dos Padres e a região da Serra do Tabuleiro na Serra do Mar são as duas regiões mais isoladas, de pior acesso e as mais selvagens de Santa Catarina. O único apoio para chegar ao Boa Vista são as fazenda e sítios isolados, localizados no início das trilhas na base das escarpas. A partir dos 900 metros de altitude as trilhas são os únicos vestígio humanos.
Desde a base das escarpas do Campo dos Padres no municípios mais ao Litoral, Santa Rosa de Lima e Grão Para, até o Boa Vista atravessa-se uma sucessão de cinco formações vegetais em pouco mais de 60 quilômetros. Isso ocorre pela rápida mudança de altitude e das condições geomorfológicas. Da Mata Atlântica na base e início das encostas, passa-se à Mata de Alta Montanha, Floresta Nebular, Floresta de Araucária e os Campos no Planalto, com diversas espécies endêmicas. Além do isolamento, da beleza e singularidade da paisagem formada por diferentes formações de relevos e de vegetação, a região é o reduto de espécies animais raras, principalmente de mamíferos. É a região do Leâo Baio (Felis concolor) também conhecido como Puma, Suçuarana, Onça Parda, Onça Vermelha, Jaguaruna ou Leão da Montanha, nativo de todas as Américas, o Leão solitário.
Aos aventureiros: vale a pena conhecer essa região.

Por André Luiz Santos



Dicas Importantes

 
Se você está pretendendo começar praticar Trekking, se ligue: 90% dos acidentes de trekking são causados por erro humano. Portanto o planejamento e a escolha dos equipamentos são essenciais para o sucesso da sua empreitada!

Vamos deixar aqui algumas dicas importantes que devem ser levadas em consideração no planejamento do seu trekking:

 
1) Avise sempre à familiares ou amigos o seu destino, é muito importante que as pessoas próximas a você saibam seus planos, isto é essencial em uma situação onde você possa precisar de resgate.

2) Busque o máximo de informação sobre o local onde você pretende fazer seu trekking. Leia tudo que puder sobre a região, busque mapas, coordenadas do local e relatos de outras pessoas que já realizaram este percurso.

3) Leve uma mochila adequada para a situação, usar uma mochila inadequada pode causar lesões em suas costas além de outros desconfortos desnecessários.

4) Não use um tênis novo para fazer trilha! O tênis que você vai usar precisa ser firme e apropriado para que você não se machuque, mas nunca deixe para estreá-lo na trilha.

5) Não leve nada desnecessário. Lembre-se que tudo que você leva você carrega, então tente levar apenas o que você precisa.

6) Informe-se sobre os acessórios que precisa levar. Nunca deixe de levar um kit de primeiros socorros, mapa, bússola, GPS, lanterna, faca, fósforos, etc.

7) Leve alimentos leves e nutritivos para sua trilha e não se esquece da água.

8) Pesquise sobre o clima do local onde você vai fazer seu trekking, olhe a previsão do tempo e leve roupas adequadas às temperaturas que você vai encontrar.

9) Leve sempre protetor solar e boné, você não vai querer sofrer com uma insolação bem no meio do seu trekking.

10) Essa é a dica mais importante. Respeite a montanha, ela sempre será mais forte que você. Em uma situação extrema não exite em desistir, não há vergonha nenhuma em retornar, você sempre terá outra oportunidade de atingir seu objetivo.

Boa Trilha!
 
Por Eric Luiz da Silva

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Picos do Sul do Brasil


Pico Paraná - Serra do Ibitiraquire (Serra do Mar) - Paraná: 1.877 m.
Pico Caratuva - Serra do Ibitiraquire (Serra do Mar) - Paraná: 1.860 m.
Boa Vista - Serra Geral - Campo dos Padres - Santa Catarina: 1.827 m.
Bela Vista - Serra Geral - Campo dos Padres - Santa Catarina: 1823 m.
Marro da Igreja - Serra Geral - Santa Catarina: 1.822 m.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Cambirela







O Morro do Cambirela é o Pico extremo a Leste do Maciço Cristalino da Serra do Tabuleiro, que se estende ao longo do Litoral Atlântico no Município de Palhoça, na região próxima à cidade de Florianópolis, em direção ao Sul do estado de Santa Catarina na Região Sul do Brasil. O Cambirela tem 1.040 metros de altitude que se eleva por uma vertical partindo desde o nível do Mar a Sudoeste da Baia Sul entre a Ilha de Santa Catarina e o Continente. Não é o ponto culminante da Serra do Tabuleiro que tem picos com mais de 1.400 metros, porém domina a paisagem da Serra avistada da Ilha de Santa Catarina por ser o pico mais a Leste, com uma silhueta esguia e de forte inclinação que parte das margem da Baía. Por ser visível de toda a orla da Baía Sul e de diversos lugares da planície costeira do litoral, sua silhueta ingrime e de cume agudo, torna-se um dos principais destinos para quem pratica montanhismo na região.

O Cambirela é uma maça granítico, que compõe o maciço do Tabuleiro, uma formação cristalina que se estende para o interior na direção do Planalto. O intemperismo sobre o maciço cristalino do Cambirela formou uma fina camada de solo, que da sua base diminui em profundidade em direção ao cume. Da base próximo do nível do Mar a vegetação nativa é um a Floresta Ombrófila Densa, a Mata Atlântica, que domina a paisagem até a porção média das vertentes da montanha. Com o aumento das declividade das vertentes do Cambirela a partir dos 500 metros de altitude, o solo diminui de espessura em função da declividade que acentua a erosão e a vegetação arbórea vai dando lugar à vegetação arbustiva. Próximo ao cume, com a diminuição do perfil do solo, da diminuição das médias de temperatura e o rigor da exposição contínua aos ventos de Sul e Nordeste, possibilita apenas a fixação de uma vegetação herbácea. Também podem ser encontradas algumas espécies arbustivas, como a Vassoura Branca e a Orelha de Porco, que devido ao rigor das condições próximas do cume crescem menos, parecendo como pequenos arbustos.

A trilha principal que leva ao cume do Cambirela é a que parte da Guarda do Cubatão. Uma trilha antiga e que foi utilizada em 1949 para resgatar os corpos das vítimas do acidente aéreo de um C47 da Força Aérea que fazia linha de correio aéreo. Esta trilha percorre a base em direção a linha de cumeeira Norte do Cambirela que divide a vertente Frontal voltada para a Baía Sul, da vertente de Santo Amaro. Na parte média da trilha há duas passagens de corda de aproximadamente 5 metros cada uma. Essa trilha tem um braço secundário, situada mais a Oeste na base, que acessa a trilha principal à aproximadamente 600 metros de altitude. Outra trilha é a da Vertente Frontal, que possui diversas variantes de entrada na base, partindo das margens da rodovia BR 101, até confluírem para uma trilha principal que segue ao longo de um curso d'água na vertente da Baía. Há uma terceira trilha que parte da Santo Amaro e percorre a Vertente do Cambirela voltada para Noroeste. A quarta rota de acesso ao cume é pelo Rio Cambirela, um caminho de blocos, seixos e lages de granito desnudado pela ação do curso d'água que nasce entre os dois cumes principais da montanha. Esse rio de granito que é largo na base vai se estreitando até desaparecer próximo ao cume é o que dá nome ao Cambirela. Na língua Guarani, dos índios do litoral, Cambirela é um termo que significa leite pelo seio. Olhando o Cambirela de lugares situados ao Sul, próximos à Praia do Pontal, o Rio Cambirela parece como leite derramando por um seio, cuja maça é a vertente e o bico, o cume.

O Cambirela atrai os montanhistas, instiga com suas vertentes íngremes e revela como recompensa para os que conquistam seu cume, a vasta paisagem dos Maciços do Tabuleiro a Oeste, das planícies ao Norte até o Tijucas, na Baía de Zimbros, a vista das baías Norte e Sul e de toda a Ilha de Santa Catarina, da Ponta dos Naufragados ao Maciço da Brava e o Oceano Atlântico à Leste.
 



Por André Luiz Santos